25 de janeiro de 2010

Horário do fim

morre-se nada
quando chega a vez
é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos
morre-se tudo
quando não é o justo momento
e não é nunca
esse momento


Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"


2 comentários:

FPM disse...

"A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto."

Fernando Pessoa

Thysanura disse...

Obrigada pelas palavras, bonitas mas também sábias.